JESUS CRISTO TERIA SIDO UM NUMERÓLOGO?
Pitágoras, grande filósofo da Antigüidade, nascido na Grécia no século V AC, conhecido atualmente como Pai da Matemática, afirmava que os números têm seu lado místico e através deles ligou-se à magia e aos conhecimentos esotéricos. Seus estudos deram origem a um movimento chamado pitagorismo, que considera como essencial o papel dos números na natureza. Segundo ele, “o mundo visível tem uma essência matemática”. Afirmava que os números traduzem características e qualidades, operam no plano espiritual e são os meios de medir os ciclos progressivos a que está exposta a natureza.
O grande psicólogo Carl Jung dizia que os números não haviam sido inventados, mas descobertos, já que são produtos espontâneos do inconsciente, que os utiliza como fator de ordenação. Hoje, vinte e cinco séculos após Pitágoras, somos conhecidos como números desde o momento de nosso nascimento: somos o primeiro ou o quinto bebê a nascer naquele dia, o número tal da lista de freqüência ao entrarmos para a escola e durante todo o tempo que permanecemos nela, um número de identidade e CPF, um determinado ordinal numa fila de espera, um número de vôo, uma conta bancária e assim por diante.
Pitágoras teve como discípulos grandes filósofos, como Platão, Aristóteles, Porfírio, Cícero e outros que compilaram seus ensinamentos difundindo-os e fazendo-os chegar até nós, pois o Mestre transmitia suas verdades oralmente, não deixando nada escrito.
Alguns autores afirmam que dos treze aos trinta anos Jesus teria estado no Tibete (a Bíblia não faz referência alguma a esse período) aprendendo com outros grandes Mestres a Numerologia, Cabala e outras verdades esotéricas. Ao regressar à Galiléia para propagar seus conhecimentos e poder cumprir seu destino, escolheu doze homens como companheiros e propagadores da nova filosofia. Esses homens, ao que tudo indica, não foram escolhidos ao acaso. Alguns eram parentes entre si, primos de Jesus, e outros tinham sido discípulos de João Batista que, por sua vez, também era primo do Messias. Com os conhecimentos esotéricos adquiridos no Tibete, teria Jesus lhes dado função e lugar à Santa Ceia conforme os números que cada um possuía? E por que razão teria escolhido doze homens? Doze é o número da redenção, daquele que se sacrifica de maneira voluntária por um ideal maior; que consegue ver as coisas de uma forma invertida, à sua maneira particular. O grupo ficou então com treze homens, Jesus e mais doze. Treze é a Morte como transformadora da Vida Única.
Cristo disse sem rodeios: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. Disse ainda aos apóstolos ao chamá-los sal da terra: “Não julgueis que vim abolir as leis ou os profetas; não os vim destruir, mas sim para os cumprir. Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe da lei um só jota ou um só ápice, sem que tudo seja cumprido.” Teria julgado mais fácil cumprir a transformação que operar através da força do treze? Treze é reduzido ao quatro: realização. E por que teria se referido ao jota e não a uma outra letra qualquer? Por que jota é igual a um? Por que um traduz o início de tudo? Ou por que na Gênesis o momento “E Deus disse: Exista a luz. E a luz existiu” é traduzida pelo um? Se tivesse dado como exemplo qualquer outra letra, com certeza teria modificado as entrelinhas e Jesus preferia sempre usar as parábolas e as comparações ao invés de uma linguagem clara e explícita, assim como Sócrates (século IV AC) com sua maiêutica.
Pedro, por exemplo, na realidade chamava-se Simão, que possui como resultado um 3. Três é expressão, comunicação e criatividade, mas apresenta uma tendência à superficialidade e fantasia que não seria ideal para o fundador da Igreja. Jesus chamou-lhe Pedro, dizendo que sobre ele edificaria Sua igreja. Como edificar uma igreja sobre a infantilidade do três? Pedro possui como resultado numérico o quatro que traduz a matéria, a ordem, a lógica, a persistência, o serviço e a estabilidade. É a pedra cúbica onde a matéria se assenta. Essas qualidades são essenciais ao primeiro dos apóstolos, àquele que seria o principal propagador da Boa-Nova. Cabe observar que a cada letra corresponde um valor numérico e, assim, as palavras podem se transformar em números.
André, irmão de Pedro, apresenta como resultado final um seis. Antes de ser escolhido por Jesus era discípulo de João Batista, batizava pessoas e falava na vinda do Messias como promessa de um mundo e uma vida melhor. Seis tem prazer em servir e amar o próximo chegando a pecar algumas vezes pelo excesso de zelo e preocupação com os outros. Talvez Jesus sentisse a necessidade de um seis entre eles, de alguém preocupado com a coesão e o equilíbrio do grupo.
Tiago, o menor, era filho de uma das irmãs de Maria e, portanto primo de Jesus. Tiago, o maior, era irmão de João. Apesar de aparentemente diferentes as palavras maior e menor possuem o mesmo resultado numérico. Tanto um quanto o outro Tiago têm como dígito final o nove. Nove é abnegação, benevolência, humildade, intuição e serviço humanitário, sacrifício e solidão. Cristo advertiu Tiago, o maior, quanto à dor e sacrifício que poderia enfrentar com sua missão. Foi o primeiro dos apóstolos a morrer pela nova fé que abraçara. Tiago, o menor, pregava o valor das obras, do serviço sem espera de recompensas.
João, o irmão de Tiago, saiu pelo mundo pregando os ensinamentos do Mestre. Chegou até à Ásia Menor escrevendo e ensinando, como é próprio do cinco resultante de seu nome. Bartolomeu também possui cinco no nome e foi o mais culto e instruído dentre eles. Cinco representa o crescimento, a inteligência, a memória, a versatilidade e a independência, o desejo de liberdade.
Filipe, com um resultado três, encontrava alojamento, providenciava refeições, tratava dos contatos para a satisfação das necessidades básicas do grupo. Como um bom três criava subsídios para a realização do quatro. E esse três tem como raiz o trinta e nove (39/12/3). Faith Javane afirma que quem possui este número “...escolheu uma vida de serviço. Oferece amor, afeto e compaixão para ajudar a tornar o mundo um lugar melhor para se viver. É um idealista e filósofo. Deseja a justiça e se empenhará vigorosamente por suas crenças. Nenhum obstáculo pode detê-lo de terminar um projeto depois de iniciado.”
Tomé, o que quis “ver para crer”, era o oito do grupo. Oito é o lado material das coisas, a fama, o reconhecimento público e o sucesso material. Também representa o perfeito equilíbrio entre as forças materiais e espirituais; é a lei de causa e efeito, a espiral cósmica que dá cumprimento a tudo o que é estabelecido no plano superior.
Mateus é sete. Judas Tadeu também. Sete representa a quietude, a introspecção, intuição e análise. É o misticismo, o momento em que o homem tentando estabelecer uma filosofia de vida, penetra o mistério da sua existência, que nunca havia questionado antes. É o número principal da Bíblia, mencionado inúmeras vezes tanto no Antigo como no Novo Testamento. “E abençoou o dia sétimo, e o santificou, porque nele tinha cessado de toda a sua obra, que tinha criado e feito”, encontramos no Gênesis.
Simão Cananeu também é três, com as mesmas características de Filipe. Judas Iscariotes era onze, como Jesus. Onze é o primeiro dos números mestres. Representa a relação e a ação absoluta do Homem. É amor, idealismo, inspiração, magnetismo, clarividência, iluminação, intuição, fama, liderança e vanguarda. Em seu lado negativo representa o fracasso, alucinação, perversidade, emoções desagradáveis, obsessão, desonestidade, aquele que usa seu poder de maneira danosa, injusta, em seu próprio benefício, causando um carma negativo. Teriam mostrado extremos de um mesmo número? Judas, patriota e humanitário, teria tentado usar Jesus para livrar a Palestina da dominação estrangeira?
Curioso é notar que encontramos entre o grupo todos os dígitos simples de 1 a 9, exceto o 1. Um é individualidade, pioneirismo, liderança e independência.
Teriam sido essas semelhanças meras coincidências?
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